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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Hubble faz uma das fotos mais detalhadas de Berçário de Estrelas

Telescópio espacial registrou N11, uma complexa rede de nuvens de gás.
Nasa também divulgou nova foto do retorno da sonda Hayabusa à Terra.

N11 fica na Grande Nuvem de Magalhães, vizinha da Via-Láctea (Foto: Jesús Maíz Apellániz (Instituto de Astrofísica de Andalucía) / Nasa / ESA)

Nova foto do telescópio espacial Hubble, mantido pela Nasa e pela ESA, a agência espacial europeia, traz uma das mais detalhadas imagens já obtidas de uma região de formação de estrelas – no caso, N11, parte de uma complexa rede de nuvens de poeira e agrupamentos estelares que fica na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia-satélite próxima da Via-Láctea.

A Nasa também divulgou nesta terça-feira (22) uma nova foto da
reentrada da sonda japonesa Hayabusa, no domingo (13), de volta ao lar depois de uma missão que durou 7 anos e trouxe uma amostra do asteroide Itokawa, "sequestrado" há 5 anos.



Kingoonya, Austrália - passagem da Hayabusa foi visível ao olho humano por apenas 15 segundos (Foto: Ed Schilling / Nasa)

A Hayabusa em si, com seus 510 quilos, espatifou-se como um cometa artificial em uma região inóspita da Austrália. Mas a cápsula se desprendeu da nave-mãe e chegou inteira com o valioso fragmento do Itokawa.

Fonte: CUB Brasil

Origem de cratera oval em Marte é um mistério


A depressão tem 380 km por 140 km, e uma borda que se eleva a até 1.800 metros


Orcus Patera é uma enigmática depressão de forma elíptica perto do equador de Marte, no hemisfério oriental do planeta, entre os vulcões Elysium e Olympus. Sua origem continua a ser um mistério. Uma nova imagem da estrutura foi divulgada apela Agência Espacial Europeia (ESA).

A depressão tem 380 km por 140 km, e uma borda que se eleva a até 1.800 metros sobre o terreno circundante. Seu fundo tem uma depressão que vai de 400 metros e 600 metros.

O termo "patera" é usado para crateras vulcânicas profundas e irregulares, mas não se sabe se Orcus realmente foi criada por um vulcão.

Entre as origens possíveis mencionadas na nota divulgada pela ESA, está a do impacto de um corpo vindo do espaço, que teria deixado uma cratera circular, posteriormente deformada por forças de compressão.

Uma alternativa seria a fusão de diferentes crateras de impacto, causada pela erosão do terreno entre elas.

A agência europeia considera como mais provável a hipótese de um impacto oblíquo, no qual um astro pequeno teria atingido a superfície num ângulo raso, muito próximo da horizontal.


Fonte: CUB Brasil

Galáxia anular descoberta em 1950 ainda espera explicação



'Objeto de Hoag' fascina os astrônomos, que buscam entender sua estrutura

Desde que foi descoberta por Art Hoag em 1950, esta galáxia anular, apelidada simplesmente "Objeto de Hoag", fascina os astrônomos, que buscam entender sua estrutura: afinal, trata-se de apenas um objeto ou de dois?

Por fora há um anel dominado por estrelas azuis brilhantes, enquanto que, praticamente no centro, há uma bola de estrelas mais avermelhadas que provavelmente são muito mais antigas que as da periferia. Entre ambas as estruturas há uma lacuna que parece totalmente escura.

De acordo com a Nasa, o processo de formação do Objeto de Hoag ainda é desconhecido, embora outras estruturas já tenham sido encontradas e classificadas, coletivamente, como galáxias anulares.

Hipóteses para o surgimento desses objetos vão desde uma colisão entre galáxias à atração gravitacional de uma barra central que teria desaparecido com o tempo.

A imagem acima foi feita pelo Telescópio Espacial Hubble em 2001 e revela detalhes que não haviam sido observados antes. O Objeto de Hoag tem cera de 100.000 anos-luz de diâmetro e fica a 600 milhões de anos-luz da Terra. Visível na lacuna há outra galáxia anular, que provavelmente está muito mais afastada.


Fonte: CUB Brasil

Planetas gigantes e quentes podem ter vida curta

Gravidade da estrela que orbitam pode acabar por destruí-los, de acordo com teoria da Nasa
Ilustração do planeta sendo destruído pela gravidade estelar


A maioria dos "Jupíteres quentes" que os astrônomos buscam em aglomerados de estrelas provavelmente já foram destruídos há tempos, diz artigo aceito para publicação no Astrophysical Journal. Os autores, John Debes e Brian Jackson, da Nasa, levantam a hipótese para explicar por que nenhum planeta de trânsito - mundos que cruzam a linha de visão entre suas estrelas e a Terra - jamais foi observado em aglomerados estelares.

A pesquisa prevê que a busca por planetas atualmente em curso com a missão Kepler terá mais sucesso em aglomerados jovens. "Planetas são difíceis de achar", disse Jackson, em nota. "E nós descobrimos mais um motivo para isso".

Quando astrônomos começaram a buscar planetas nos aglomerados globulares de estrelas, há cerca de uma década, havia a esperança de que muitos novos mundos fossem encontrados. Esperava-se que uma busca realizada no aglomerado 47 Tucanae, por exemplo, encontrasse pelo menos uma dezena de planetas entre 34.000 estrelas candidatas. Mas nada foi achado.

Segundo Debes, a grande maioria dos mais de 450 planetas encontrados fora do Sistema Solar estão em órbita de estrelas solitárias, fora dos aglomerados.

A grande densidade de estrelas nos aglomerados sugere que os planetas podem ser arremessados para fora de seus sistemas solares pela gravidade de astros próximos. Além disso, os aglomerados se mostram pobres em "metais" - astronomicamente, o termo se refere aos elementos químicos mais pesados que o hélio - que são a matéria prima dos planetas.

Debes e Jackson propõem que Jupíteres quentes - planetas gigantes que têm órbitas muito próximas a suas estrelas - são rapidamente destruídos. Nessas órbitas estreitas, a atração gravitacional entre estrela e planeta reduz a energia da órbita planetária, o que faz com que o planeta chegue cada vez mais perto do astro. Ao longo de bilhões de anos, o planeta acaba mergulhando na estrela ou destroçado por ela.

Fonte: CUB Brasil

Concurso britânico premia melhores fotos de astronomia do ano

Imagens premiadas no Astronomy Photographer of the Year 2010 estão em exposição até fevereiro no Observatório Real de Greenwich, em Londres.



O Observatório Real de Greenwich, em Londres, anunciou nesta semana os vencedores do concurso Astronomy Photographer of the Year 2010, que premiou as melhores imagens ligadas à astronomia.

O grande vencedor do concurso foi o americano Tom Lowe, que recebeu o prêmio de mil libras (cerca de R$ 2.635) pela foto Blazing Bristlecone, que mostra a Via Láctea atrás de um pinheiro de mais de 4 mil anos em Sierra Nevada, na Califórnia.




"Essa linda imagem combina perfeitamente a impressionante vista do céu noturno com a vida aqui na Terra. Os pinheiros podem ser antigos, mas são bebês se comparados com as luzes das estrelas que brilham atrás deles, algumas das quais começaram sua viagem até nós há quase 30 mil anos", comenta um dos juizes do prêmio, o astrônomo Marek Kukula.

Outras duas dezenas de imagens receberam prêmios ou menções honrosas em seis categorias diferentes.

Entre os premiados estão um círculo perfeito formado por um eclipse solar, captado pelo indiano Dhruv Arvind Paranjpye, de apenas 14 anos, uma imagem da nebulosa de Órion feita pelo americanor Rogelio Bernal Andreo e a passagem de raios solares em uma fenda numa rocha na praia californiana de Pfeiffer, retratada pelo americano Steve Christenson.




Este é o segundo ano que a competição, organizada pelo Observatório Real de Greenwich e pela revista Sky at Night, é realizada, Mais de 400 imagens, de fotógrafos de 25 países diferentes, foram enviadas.

As melhores imagens estão em exposição no Observatório Real de Greenwich, no sudeste de Londres, até fevereiro de 2011.

Mais informações sobre o concurso e a exposição podem ser conseguidas no site.


Fonte: CUB Brasil

Descoberto planeta potencialmente habitável perto da Terra




Universidade de Santa Cruz - Califórnia - EUA


Astrônomos americanos informaram nesta quarta-feira a descoberta de um planeta do tamanho da Terra e com condições de ser habitado em órbita de uma estrela próxima. O planeta, encontrado por astrônomos da Universidade Santa Cruz (UCSC), na Califórnia, e do instituto Carnegie de Washington, está localizado em uma "zona habitável" em órbita da estrela vermelha anã Gliese 581, o que significa que pode haver água em sua superfície.

A água líquida e a atmosfera são necessárias para que um planeta possa potencialmente ter vida, mesmo que não seja um lugar muito agradável para se viver, segundo os cientistas. Os pesquisadores determinaram que o planeta, batizado de Gliese 581g, tem uma massa de três a quatro vezes a da Terra e um período orbital de pouco menos de 37 dias.

Sua massa indica que provavelmente é um planeta rochoso com suficiente gravidade para possuir atmosfera, segundo Steven Vogt, professor de astronomia e astrofísica da UCSC e um dos chefes da equipe que descobriu o planeta.

Se Gliese 581g tiver uma composição rochosa parecida com a Terra, seu diâmetro seria de 1,2 a 1,4 vezes ao do nosso planeta. A gravidade na superfície seria igual ou um pouco maior à da Terra, o que significa que uma pessoa poderia andar a pé facilmente, segundo Vogt.

Gliese 581g foi descoberto por cientistas que trabalham no Lick-Carnegie Exoplanet Survey, que há 11 anos observam a estrela vermelha anã Gliese 581, localizada a apenas 20 anos-luz da Terra.

Fonte: CUB Brasil

Explosão de estrela distante é sufocada por nuvem de poeira

Casulos de poeira espacial aborveram toda a luz emitida por supernova, dizem astrônomos


Uma estrela gigantesca, numa galáxia distante, terminou sua vida num soluço envolto em poeira, e não numa grande explosão. Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio suspeitam que o evento - o primeiro do tipo já observado - era mais comum nos primórdios do Universo.

A equipe de Christopher Kochanek descreve como a supernova apareceu, em agosto de 2007, durante a Pesquisa de Campo Profundo do Telescópio Espacial Spitzer.

Os astrônomos estavam vasculhando os dados da pesquisa em busca de núcleos galácticos ativos, gigantescos buracos negros que ocupam o centro de galáxias. Esses núcleos irradiam enormes quantidades de calor, á medida que material é aquecido ao mergulhar no buraco negro. Em particular, os astrônomos buscavam pontos quentes de temperatura variável, porque poderiam oferecer sinais de mudança no fluxo de material para o buraco negro.

Os pesquisadores não esperavam descobrir supernovas nesse tipo de busca, disse outro membro da equipe, Szymon Kozlowski. Supernovas irradiam a maior parte de sua energia sob a forma de luz, não de calor.

Mas um ponto quente, que apareceu numa galáxia a cerca de 3 bilhões de anos-luz da Terra, não correspondeu ao sinal de calor típico de um núcleo ativo. A luz visível emanando da galáxia também não batia com o previsto.

Uma enorme quantia de calor fluiu do objeto por cerca de seis meses, e então desapareceu lentamente no início de março de 2008, outra pista de que se tratava de uma supernova.

Os astrônomos deduziram que, se a fonte fosse uma supernova, a grande quantidade de energia emitida permitiria sua classificação como uma das grandes, ou "hipernova". Mas a temperatura observada era da ordem de 700º C, comparável à do planeta Vênus. O que poderia estar absorvendo a luz e dissipando o calor? A resposta que encontraram foi: poeira.

Com base nos dados do Spitzer, a equipe calculou que a estrela original provavelmente teria pelo menos 50 vezes a massa do Sol. Essas estrelas normalmente liberam nuvens de poeira à medida que envelhecem.

Esta estrela em particular deve ter produzido pelo menos duas dessas ejeções, uma 300 anos antes da explosão e a outra, apenas quatro anos antes do fim. A poeira de ambas as emissões se manteve em torno da estrela, em duas camadas, uma mais externa e outra, mais interna.

"Acreditamos que a camada externa deve ser quase opaca, e por isso absorveu toda a luz que passou pela camada interna, convertendo-a em calor", disse Kochanek.

Fonte: CUB Brasil

Asteróide em Pele de Cometa


FOTO: ESA 2010 MPS for OSIRIS-Team

Uma vez uma colega minha no Estadão me perguntou se cometa e asteroide eram a mesma coisa. Eu, que não sou astrônomo nem de mentirinha, mas tenho uma certa familiaridade jornalística com o tema, ri carinhosamente da pergunta e respondi que "não!, são coisas bem diferentes".

Isso já faz alguns anos, mas acabou virando uma piada interna e até hoje brinco com a minha amiga sobre a pergunta dela.

Mas eis chegou o dia da redenção, e da piada virar contra o piadista …

Dois estudos publicados na última edição da revista Nature contam a história de como um objeto espacial originalmente classificado como um cometa era, na verdade, um asteroide! Imagine só!

A foto acima, feita pela câmera Osiris do satélite Rosetta, da Agência Espacial Europeia, ilustra bem o motivo da confusão. Detectado originalmente por um observatório em terra, em janeiro de 2010, o objeto P/2010 A2 tinha toda a pinta de um cometa, com uma longa cauda rastreando sua trajetória. E assim ele foi classificado.

Mas alguma coisa não parecia certa, e duas equipes de astronomia resolveram, então, dar uma olhada mais de perto. Uma delas com o Telescópio Espacial Hubble e outra, com a sonda Rosetta, que está justamente a caminho de um encontro com um cometa chamado 67P/Churyumov-Gerasimenko, marcado para 2014.

Uma das coisas que levantou a suspeita dos astrônomos foi que a trajetória de órbita do P/2010 A2 não era típica de um cometa. E também não dava para ver um núcleo … como se fosse um rabo de cometa sem cabeça. Olhando mais de perto, então, eles perceberam que o objeto não era mesmo um cometa, mas um asteroide, que passou recentemente por uma colisão com outro asteroide. A cauda que parecia ser de um cometa é, na verdade, um rastro de fragmentos produzidos por essa colisão, arrastados pela atração gravitacional do asteroide.

As observações indicam que o asteroide tem 120 metros de diâmetro e sua cauda, uns míseros 200 mil quilômetros de comprimento. Com base no padrão de dispersão dos fragmentos, os cientistas calculam que a colisão tenha ocorrido em fevereiro de 2009. E o outro asteroide teria entre 6 e 9 metros de diâmetro – relativamente pequeno, por isso a força da colisão não foi suficiente para pulverizar totalmente a rocha.

Enfim … asteroides continuam sendo asteroides e cometas continuam sendo cometas. Mas se os astrônomos profissionais podem se enganar, então minha amiga também pode.

Abraços a todos.

NOTA: Cometas são objetos feitos principalmente de gelo e poeira de rocha ("gelo sujo") que viajam no espaço em órbitas superelípticas, que os levam para muito longe e muito perto do Sol. A cauda se forma quando eles se aproximam do Sol ("se aproximam" em termos astronômicos, quero dizer), composta por gases e poeira que se desprendem do núcleo sólido, forçados pela interação com o vento solar. Essa cauda pode ter milhões de quilômetros de comprimento.

Asteroides são objetos feitos principalmente de rocha e metais, que podem variar desde alguns metros até algumas centenas de quilômetros de diâmetro. Eles orbitam o Sol em órbitas semelhantes às dos planetas, e a maior parte deles está num cinturão de asteroides localizado entre Marte e Júpiter.


O "cometa sem cabeça", visto pelo Telescópio Espacial Hubble. FOTO: NASA, ESA, and D. Jewitt (UCLA)

Fonte: CUB Brasil